segunda-feira, 6 de agosto de 2012

UM LÍDER DEVE NASCER LÍDER!


Por Luiz Eduardo Gasparetto
Será verdadeira essa afirmação? Pelo menos isso é o que afirmava a teoria chamada de Traçõs de Personalidade, hoje em desuso mas ainda defendida por muitos.
Essa teoria afirma que um líder, para exercer esse papel de liderança junto à sua equipe de liderados, precisa nascer necessariamente com determinados traços de personalidade que facilitariam assumir a liderança de pessoas. Em outras palavras, a teoria sustenta que um líder, para ser mesmo um líder, precisa nascer líder. Isso significa que, sem possuir determinadas características de personalidade uma pessoa não pode exercer uma liderança genuína.
Portanto, o gestor que deseja ser um líder também deve possuí-las por nascença, sem o que não conseguiria sucesso.
Mas, com o passar do tempo e os novos estudos sobre o assunto realizados por especialistas em comportamento humano essa teoria foi contestada e criticada e os principais argumentos utilizados por seus críticos dizem respeito ao fato de que:
1° – nunca se chegou a uma lista definitiva de quais deveriam ser essas características tão importantes para que uma pessoa seja um líder. A cada dia uma nova característica ia se juntando a uma lista que ficava cada vez mais extensa e interminável;
2° – muitos líderes, famosos exatamente pela forte liderança que exerceram, tinham características de personalidade totalmente diferentes entre si. Os críticos citam como exemplo dois líderes do mesmo período da história: Churchil e Hitler, adversários na 2ª guerra mundial, que sem dúvida tiveram uma liderança muito forte em seus países. Ambos eram líderes, mas tinham características de personalidades totalmente diferentes, o que ia em sentido contrário à teoria.
Foram principalmente esses argumentos que levaram a teoria dos Traços de Personalidade a ser abandonada e, hoje, não se aceita mais a idéia de que um líder, necessariamente, deva nascer líder e ter determinadas características de personalidade para exercer com eficácia a liderança.
Também não se admite que uma pessoa com personalidade totalmente diferente daquela considerada como ideal para a função não possa aprender a exercer com sucesso um papel de liderança.
Hoje o que se entende é que através de um bom treinamento qualquer pessoa pode se tornar um líder. É evidente que se ele tiver algumas características de personalidade como, por exemplo, facilidade de comunicação, facilidade de criar empatia, assertividade etc será mais fácil a realização desse treinamento e, talvez, menor o tempo de aprendizagem.

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