segunda-feira, 18 de junho de 2012

O que Considerar ao Criar sua Marca?


Nome, logo, slogan... confira algumas dicas importantes para levar em consideração quando for nomear sua empresa.
Como se diferenciar no mundo no qual a escolha parece ser infinita e as marcas surgem e desaparecem ao sabor do vento? Pois bem, não é fácil, nem parece ser uma ciência exata… Mas marca é muito mais do que um nome bonito e um desenho legal…
Qual a correlação entre marca, logo, sucesso, fracasso? Nenhuma? Pois bem, nem todos pensam assim. Claro que estratégia, produto, competição, preço, custo, contam muito para o resultado final, mas uma marca e um logo podem ser seu cartão de visita para entrar ou não no jogo.
Buscando algumas inspirações quanto ao nome? Eu mesmo participei de vários processos de start-ups com escolha de nomes como Zap, ibiubi, Limão, Miniblog, Oi, Território Eldorado, e algumas que estão por vir por aí. Já tive situações em que, apresentando um nome potencial, um membro do Conselho de Administração de uma grande empresa simplesmente deixou a sala indignado. Hoje a marca proposta, não somente emplacou, ganhou prêmios e acabou engolindo a marca mãe da empresa que a criou. Tenho mais algumas histórias do arco da velha, em que a disputa por uma marca criou mais rejeições dentro da empresa que sua real aceitação no mercado.
Ou seja, não é trivial, mas também não é matemático. De qualquer forma, com ajuda externa de consultores ou não, fazer um exercício completo da estratégia, análise da concorrência, atributos desejados para marca, posicionamento, etc, não deveria ser somente uma opção e sim uma necessidade.
Bom, se você veio aqui hoje em busca de uma única resposta correta, tudo que posso dizer nesse caso é que não existe. Cada caso é um caso, cada situação é muito particular. Somente posso recomendar que se faça sua lição de casa e desejo sucesso…
Ainda assim, se quiser algumas dicas, eis alguns pontos a considerar:
· Investimentos e exposição constroem grandes marcas, por piores que possam parecer no começo (ex. COCA-COLA, PEPSI-COLA, COLGATE, PALMOLIVE, KOLYNOS, SORRISO e todos aqueles produtos de consumer health care e pharma que não dá para entender de onde tiraram o nome – COREGA, SENSODYNE, VIAGRA, LEVITRA, CEPACOL)
· Nomes já conhecidos e que tenham relação com os atributos desejados ajudam a obter recall mais rápido e com menores investimentos (ex. Oi, simples assim);
· Um bom nome não é garantia de uma grande marca, já um mau nome pode não gerar nunca uma grande marca, por mais que se invista (ex. tenho dúvida que LATAM possa emplacar no Brasil, assim como BESTA, o automóvel, ou a PAJERO que teve que mudar o nome no México);
· Nomes estranhos e sem significado não são necessários para se ter sucesso no digital (como contra exemplo: MERCADOLIVRE, LOCAWEB);
· A marca perfeita é aquela que desperta paixão: nos clientes, nos colaboradores, nos fornecedores, nos acionistas e isso é muito mais do que uma palavra, é uma estratégia, um posicionamento, uma consistência, um mantra, uma vida (ex. APPLE, McKINSEY, GOLDMAN SACHS, L’OREAL, UNILEVER);
· Está aí um tema perfeito para você dar sua opinião, pois certamente nesse tema os pontos de vista podem variar muito. O que acha?

André Bianchi Monte-Raso é especialista em estratégia, start-ups e desenvolvimento de negócio, consultor de grandes grupos de mídia, tecnologia e Telecom.